Years
2.5
É... estou ficando velha... Caminhando cada vez mais para dentro desta terrível condição humana chamada idade adulta, da qual nunca há volta.
Coisa de velho ficar pensando na vida, mas já que agora tenho a justificativa, estava cá com meus botões a pensar que, olhando para trás, percebo que não estou onde imaginei nem sou o que imaginava que seria quando era criança e me imaginava no futuro.
Não sei o que foi errado onde nem quando, mas acabei bem diferente do que o imaginado e sinceramente, acho digno dar graças à deus por tal benção.
Fosse seguir a vontade da Nathalie aos 7 anos de idade, eu agora estaria casada com um cara bem gato (é claro) e com uns dois filhos já. Obviamente que cresci nos anos 90 então eu estaria também em fase de grande sucesso profissional, em vias de ser reconhecida mundialmente pelo meu incrível talento na profissão "x" que estivesse seguindo.
Mas né, que coisa mais chata e sem graça seria. O que eu ia fazer com os próximos 50 anos? Nada né... boring, boring, boring.
Felizmente a vida já saiu dando umas rasteiras e voadoras na autora que vos escreve e já cortou o mal pela raiz. Fui mudando de vontades, fui estudar design, corri atrás dos caras errados, e vejam: que acidente feliz! Virei eu.
Bom, feliz mesmo vai ser ver se ainda está tudo nos eixos daqui àqueles 50 anos, mas até lá, tem chão.
Só sei que andei pensando e acho que não quero mais as coisas que já quis um dia, nem acredito em muita coisa que já acreditei antes.
A equação marido + filhos + lar me preocupa profundamente em sua simplicidade e fatalidade. Penso que alternativas à regra possam vir a ser muito mais interessantes e proveitosas. O maridinho bonito, simpático e bem sucedido pode virar uma armadilha e uma prisão, uma estagnação que realmente não gostaria de viver. Os filhos, esses vão depender muito da situação em que eu me encontrar e do pai que eu venha a escolher para eles. Se vierem, claro que serão bem vindos, mas realmente não estou me esforçando em nada para vir a tê-los.
A profissão, poxa, essa já ficou bem claro, desde a minha formatura, que não vai ser nada fácil e nada planejada. Acho que a gente acaba fazendo mais o que cai do céu em nossas mãos do que o que planeja. Nunca pensei que fosse ser tradutora e trabalhar numa escola de inglês, mas né, cá estou. O design virou plano pro futuro (concreto, espero), mas só pro futuro.
E a cada desvio no caminho eu encontro tanta coisa interessante que começo a acreditar que me perder realmente seja a melhor maneira de me encontrar.
Como vocês podem ver, a idade está me deixando mais pensativa e talvez mais tolerante ou intolerante. Não decidi qual dos dois ainda.
É... estou ficando velha... Caminhando cada vez mais para dentro desta terrível condição humana chamada idade adulta, da qual nunca há volta.
Coisa de velho ficar pensando na vida, mas já que agora tenho a justificativa, estava cá com meus botões a pensar que, olhando para trás, percebo que não estou onde imaginei nem sou o que imaginava que seria quando era criança e me imaginava no futuro.
Não sei o que foi errado onde nem quando, mas acabei bem diferente do que o imaginado e sinceramente, acho digno dar graças à deus por tal benção.
Fosse seguir a vontade da Nathalie aos 7 anos de idade, eu agora estaria casada com um cara bem gato (é claro) e com uns dois filhos já. Obviamente que cresci nos anos 90 então eu estaria também em fase de grande sucesso profissional, em vias de ser reconhecida mundialmente pelo meu incrível talento na profissão "x" que estivesse seguindo.
Mas né, que coisa mais chata e sem graça seria. O que eu ia fazer com os próximos 50 anos? Nada né... boring, boring, boring.
Felizmente a vida já saiu dando umas rasteiras e voadoras na autora que vos escreve e já cortou o mal pela raiz. Fui mudando de vontades, fui estudar design, corri atrás dos caras errados, e vejam: que acidente feliz! Virei eu.
Bom, feliz mesmo vai ser ver se ainda está tudo nos eixos daqui àqueles 50 anos, mas até lá, tem chão.
Só sei que andei pensando e acho que não quero mais as coisas que já quis um dia, nem acredito em muita coisa que já acreditei antes.
A equação marido + filhos + lar me preocupa profundamente em sua simplicidade e fatalidade. Penso que alternativas à regra possam vir a ser muito mais interessantes e proveitosas. O maridinho bonito, simpático e bem sucedido pode virar uma armadilha e uma prisão, uma estagnação que realmente não gostaria de viver. Os filhos, esses vão depender muito da situação em que eu me encontrar e do pai que eu venha a escolher para eles. Se vierem, claro que serão bem vindos, mas realmente não estou me esforçando em nada para vir a tê-los.
A profissão, poxa, essa já ficou bem claro, desde a minha formatura, que não vai ser nada fácil e nada planejada. Acho que a gente acaba fazendo mais o que cai do céu em nossas mãos do que o que planeja. Nunca pensei que fosse ser tradutora e trabalhar numa escola de inglês, mas né, cá estou. O design virou plano pro futuro (concreto, espero), mas só pro futuro.
E a cada desvio no caminho eu encontro tanta coisa interessante que começo a acreditar que me perder realmente seja a melhor maneira de me encontrar.
Como vocês podem ver, a idade está me deixando mais pensativa e talvez mais tolerante ou intolerante. Não decidi qual dos dois ainda.
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